domingo, 23 de agosto de 2009

shuva: Reeditando Carta ao Rabino!

Reeditando Carta ao Rabino!
de Feliciano Tavares da Silva Neto feleco - Sunday, 23 de August de 2009, 14:33
 Shalom!
 
 
       Eis aqui um pouco da minha saga, e um reflexo de nossa intensa busca e do quanto ansiamos pelo modus vivende judaico, como também pelo reconhecimeno pelo Estado de Ysrael sobre a nossa condição.
 
 
Desde Teresina-PÍ
 
Feliciano Tavares
 

To: salgado@shavei.org
Subject: Cripto-judeus em Teresina!
Date: Mon, 22 Sep 2008 23:11:13 -0300



Olá!
 
 
   Prezado Rav. Oliveira, há cêrca de seis anos intrei numa agremiação religiosa, o que em princípio causou um grande constrangimento para minha mãe (que na época considerou um afronta), passei seis anos de minha vida dentro dessa entidade, é aí que surgem as primeiras indagações, e buscas, (no que minha mãe, em muito poderia ter me auxiliado), foi então que conheci um grupo de "judeus para Yeshua", missionários ativos residentes dentro e fora do Brasil, aqui mesmo em minha Cidade Teresina, solicitamos um espaço no auditório da casa da cultura, a prof. Cibelle, no que de pronto fomos atendidos, e lá ficamos durante quase 4 anos, eu dirigindo os serviços de Shecharit de Cabalá Shabat (B'H, que Ele me perdoe), sabe foram dias felizes, até o dia em que lí o texto abaixo postado e o encaminhei para o nosso "rav. S'haul B'tsion", eu não esperava uma reação tão intempestiva e discriminatória, e como consequência fui de imediato excluido do "grupo", e nesse meio tempo, pude perceber o quanto minha mãe ficou radiante de alegria, foi então que começamos a converçar sobre os nossos ancestrais, primeiro, Espãnhois e depois Portugueses, e percebí o quão próximos estamos (nossa família) dos B'ne Ysrael, e com fraldas desde o Hebrom, confeço, no início me foi bem difícil de aceitar que Yeshua não era o nosso Mashiach, (no que foi-nos, um tremendo choque), em nossa fé, em nossas visões, em nossas crenças, olhem, eu já tenho 54 anos de idade, sim ficou a saúdade da nossa Sinagoga, afinal foram longos e saudosos dias de "felicidade", e o que sempre me chamava a atenção, não só minha, mas de todos os participantes, é que nunca conseguíamos crecer em números, e isso não deixava de ser intrigante, para nós, enquanto precussores da nova ordem em terras do Piauí, praticávamos um judaismos muito "layte", pois os cristãos, que se achegavam até nós, precisavam conhecer-nos e a halachá judaica,  aos pouco e gradativamente, (uma verdadeira revolução de costumes), foi então que tomei a decisão de entregar os espaços, que nos fora concedido, e então orientei os que de nós restaram, que aguardassem, ulterior deliberações, sobre o que faríamos doravante, confesso, de todo o meu coração, não sei como proceder, por favor ajudem-nos, pois todo esse nosso envolvimento, tanto no passado, como a nossa condição atual, nos tornam riquíssimos em experiências, traumáticas e por que não dizer belas, tenho orgulho de ter vivenciado os dois lados da moeda, o verso e o reverso, vale ressaltar o fabuloso trabalho do Rav. Kaller, que tem um pé nos dois mundos, qual sejam, comunidades judaicas em toda a Europa Oriental e Ocidental, que estão redescobrindo suas raízes judaicas, ele mesmo só foi circuncidado aos 14 anos de idade, apesar de pertencer ao movimento Chabad-Lubavitch, o próprio Rav. Berf Lazar, admite que hoje as pessoas não têm problemas em dizer que são judias e procurar um envolvimento mais profundo com nossas tradições.
 
Att//
 
 
Feliciano Tavares

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