domingo, 23 de agosto de 2009

shuva: Carta ao assistente de rabinato!

Carta ao assistente de rabinato!
de Feliciano Tavares da Silva Neto feleco - Sunday, 23 de August de 2009, 14:39
 Caro Rav. Uri Lam
 
      Demonstrar essa ascendência via documentação judaica, é como se colocar uma grande pedra no meio do caminho, aumentando assim as minhas, as nossas tristuras, tudo isso não parece tão simples assim, tenho vivido os últimos quatros anos de minha vida dedicadas ao judaismo, e para isso escolhi o "
o padrão e o modus vivendi do Beit Lubavitch, e tenho com muito carinho procurado transmitir esse legado aos meus netinhos, no que não fui contemplado "
com a mesma sorte, hoje tenho 54 anos de idade, demonstrar essa ascendência via cartório é impossível, é como se gritássemos "Ei! nós estamos aqui"      "
sim eles, os nossos anscestrais eram obrigados a agirem dessa maneira, foi uma época de trevas e de medos, mais mantínhamos, apesar de tudo uma vincula
ção com a nossa Torá.
       Foram quatros anos maravilhosos, vividos como dirigente de uma pequena comunidade de "judeus", que desejavam fazer teshuvá aqui em Teresina-Pí, de contatos com rabinos messiânicos israelenses, brasileiros, mexicanos etc. e o que sempre me chamava a atenção, é que nós nunca crescíamos em números, pessoas chegavam e depois desapareciam, era assim um choque cultural, até que um dia, eu cheguei a conclusão de que Yeshua, não eram o nosso Mashiach,
e quando fiz comentários sobre o assunto esses "rabinos", voltaram-se contra a minha nova visão, foi então que entreguei o espaço a nós cedido pela prof.
Cibele, para fazermos o serviço de Sherarit de Cabalá Shabat, com as parashiots retiradas do site Beit Chabad, ocupávamos um espaço luxuoso com uma central de ar condicionado na casa da cultura, a um custo zero, B'H, e como foi difícil para mim, mas que saúdades, mais também devo confessar, quão grandes alegrias eu senti, pois aconteceu um reencontro com o passado, com o nosso presente, (amarguroso, pois sei que não seríamos recebidos com flôres), quanto ao nosso futuro, deposito minhas esperanças na Torá, essa descoberta, a princípio causou-me um profundo embaraço, senti-me como se estivesse saindo do fundo de um poço, e a minha grande preocupação seria, como conviver armoniosamente com essa nova realidade e como responder as possíveis abordagem que por ventura surgissem para frente, sem alimentar ódios ou provocar recentimentos, sim transito no meio deles (Cristãos e Evangélicos), confesso, dá para sentir o grande perigo que nos cerca, eu diria assim, transitamos em campos minados, e hoje vejo com precisão e com o coração apertado essa nossa saga e o nosso destino comum, tudo por amor a nossa Torá, minha mãe Angelita Oliveira, hoje conta com 83 anos, olhos profundos fitos num passado cheio de medos e de pavor, mais ela me disse (Eu estou feliz meu filho, você têm muita coragem), como eu queria ter inteligência e poder fazer dessas palavras um Midrashim, sim por vezes, sinto-me como se estivesse me afogando, sem mais voz prá gritar por socorro, as minhas mãos agitadas por sobre as superfícies de águas sem ter ninguém para socorrer-me; há! Senhor rabino Uri, consentre-se e ouça o meu gemido, e as batidas do meu coração, doido de amor, tenho mêdo desse vagão, tenho mêdo desse meu destino, e os meus netinhos quem cuidará deles? não temos uma Ieshivá, como um raio que surge no horizonte, o senhor será o mensageiro dessas e de outras tristuras e reclames do meu grito, do meu gemido perante a comunidade judaica de Jerusalém e Estados Unidos. Que o Todo Poderoso possa um dia presentear-me com um afável abraço dado pelo senhor em nós aqui em minha casa.
 
Desde Teresina-PÍ
 
 
Feliciano Tavares
 


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